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Fidel Alejandro Castro Ruz


O nome do notável líder cubano está
em toda a imprensa mundial falada, escrita e televisada, de direita, centro e
esquerda, diante do inexorável fato da morte. Os homens que marcam a história
na política, na literatura, ciência e arte, são de personalidade de difícil
apreensão para o senso comum.
Os inimigos de Fidel por ignorância
ou motivação política afirmam que era um ditador sanguinário e o fazem sem a
menor compreensão dos fatos históricos e das contradições econômicas e de
classes impostas pelo mercado do capital. Fidel lutou
todas as guerras e todas as batalhas no campo internacional contra o poderoso
inimigo norte-americano, venceu todas!
As tolices midiáticas costumam
propalar que se tratava de uma luta da democracia contra o comunismo,
implantando na sociocultura e nos indivíduos um falso conceito de democracia. Quando
Angola lutava pela liberdade, Fidel executou a incrível proesa de colocar
milhares de soldados cubanos em território africano, ajudando na luta de
libertação daquele povo contra a Inglaterra e os EUA, que montaram uma
logística contra-revolucionária. Ao lado de Che Guevara e Cienfuegos, desceu
com seus guerrilheiros a Sierra Maestra para entrar triunfalmente em Havana,
derrotando o ditador Fulgencio Batista, apoiado pelos EUA.
O povo cubano sob sua liderança
suportou mais de cinquenta anos de bloqueio econômico contra a Ilha e fez
notáveis avanços na educação, na saúde e em diversas áreas da pesquisa
científica. Venceu os mercenários pagos pelos norte-americanos na invasão da
Baía dos Porcos em 1961 e ajudou Nelson Mandela a expulsar do poder a casta
branca que dominava a África do Sul. Mandela o elogiava, dizendo se tratar do
maior líder que a humanidade produzira em tempos modernos. É por isso que
o pensamento socialista o reverencia como homem e como símbolo da luta contra
as tiranias escancaradas ou escondidas, sob o manto da corrompida palavra
democracia. Por isso Fidel é como José Martí e Bolívar, um libertador
latino-americano.
A dialética que junta e separa
cultura e civilização mostra sobejamente que na primeira o saber se torna
corrompido e apropriado por poucos, enquanto o poder cai nas mãos de
plutocracias, dividindo o mundo entre os que são cognitiva e moralmente
superiores e o rebanho desorientado que deve ser dirigido conforme o jornalista
Walter Lippmann, citado por Chomsky. É esse conceito de democracia e liberdade
que Fidel repudiava, mostrando que as elites patrimonialistas não deveriam
dominar a América Latina.
O mundo da verdadeira democracia
perde um campeão num momento difícil de ascensão dos ricos e da direita no
planeta, o paradigma é Trump. Isso é o que parece ter acontecido na eleição
norte-americana, pois além de culturalmente aquele país ser uma plutocracia,
agora tem uma espécie de Pluto no poder.
O impressionante na personalidade de
Fidel é que sofreu mais de seiscentos atentados e não se tornou um ser
rancoroso e odiento como acontece no mundo e no Brasil com os odiadores
na internet.
Hasta siempre Fidel!
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Perfil
Minha reflexão levou-me à idéia de que a política tem um motor paranóico impossibilitando juntamente com os interesses de classes a consecução pelo homem da justiça e do bem. Finalmente me caracterizo como pensador radical, sem sectarismo, para quem a sociedade capitalista contemporânea se exprime pela afanosa busca do fetiche consumista.
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